quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Os primeiros dias como mãe e a dura dificuldade da Amamentação.

Boa Tarde Pessoas!!!

Hoje vou falar um pouco de como foi a primeira semana como mamãe, aliás de como foi os primeiros 15 dias, já que passei os primeiros dias na casa da Vovó Miriam. Simplesmente parece que minha vida deu uma pirueta e virou de ponta de cabeça de um dia para o outro.
Não vou dizer que não conseguia tempo para fazer mais nada, até dava afinal a Melissa dormia grande parte do dia e da noite também, mas e a vontade gente??!! Onde andava a vontade de fazer outras coisas que não fosse cuidar da Mel.
Recebemos muuuuuitas visitas, tanto no hospital quanto em casa, isso foi um ponto que até hoje não sei definir como positivo ou negativo. Por um lado foi muito bom, porque temos orgulho e queremos mostrar ao mundo o nosso fiótinho' conversar, contar e ouvir experiências, e principalmente ver gente e distrair a mente, que nessa época ficamos meio reclusas e sentimos falta do que vivíamos antes dessas mudanças todas acontecerem. Só que ao mesmo tempo é uma época muito tensa, estamos aprendendo como lidar com a situação ainda, e para piorar tem o fator "amamentação" nossa eu não gosto nem de lembrar como foram os 10 primeiros dias de amamentação, esse fator faz do sonho um quase pesadelo. Eu tive muita dificuldade para amamentar foi o motivo de maior stress emocional que ja passei, (as visitas nesse ponto, é muito negativo rs) Muitas pessoas querendo te ensinar 'comé que se faz' e dando pitacos, ei péra aí, fomos nós que parimos e por mais inexperientes que sejamos ainda temos o instinto materno e com ele ninguém pode. Fragilidade era a palavra que me definia nesses dias, a todo momento vinha a sensação de impotência e o medo de fracassar. Insegura, eu chorava com o medo de não conseguir amamentar, mas pior ainda era a dúvida de persistir na amamentação exclusiva e prejudicar o meu bebê de alguma forma ou partir para a fórmula como os 'pitaqueiros de plantão' insistiam em me torturar.
Pra começar eu não tinha bico e a Melissa era muito impaciente, esfomeada com isso ela não tinha paciência e abria o berreiro e que berreiro apesar de ser RN tinha e tem uma garganta que nossa.. rs. Uma enfermeira da Pró-Matre super atenciosa, amorosa e CRENTE =) me ajudou muito nos dias em que fiquei no hospital, tentamos de tudo ela sempre com muita paciência me auxiliava, mas o tempo estava passando, a fome da minha bebezinha estava aumentando e eu não conseguia amamentar, foi aí que a santa enfermeira estava comigo na idéia de persistir até o fim com a amamentação e deu a idéia de usar um bico artificial, um bico de silicone bem parecido com o bico de verdade eee.... Foi a minha salvação, foi com a ajuda desse bico que ela passou a se alimentar bem. Não me vi livre das dores, rachaduras, sagramentos, empedramentos ... Mas apesar de todo sacrifício e sofrimento ficamos felizes em ve-los bem e alimentados, nem que para isso tenhamos que sofrer física e psicologicamente.


Tentando amamentar minha princesa, ainda na maternidade
Enfim passados os 15 dias de tortura, fomos para nossa casa. Ah e como é bom estar em casa, apesar de não ter mais a ajuda da minha sogra parecia que só ali depois de 15 dias eu estava sendo mãe de verdade. Foi gradual; antes eu tinha a ajuda da minha sogra não precisava fazer nada além de cuidar da minha pequena, depois fomos para casa e ainda tínhamos os 15 dias restantes das férias do Bruno, que também me ajudava em casa, com as tarefas, comida e a cuidar da Mel também. Quando acabou as férias dele foi aí que foi cair a minha ficha na real, estava se tornando cada vez mais difícil o bom é que tive tempo para me acostumar com isso, confesso que até hoje as vezes me sinto meio perdida, mas vamos levando, a Melissa suga muito o meu tempo, além de mamar o tempo inteiro (Graças a Deus ela mama que é uma beleza! tem que ver a carinha de satisfação após cada mamada, chega a ficar toda mole rsss) ela gosta muito de ficar no colo, no começo eu tinha medo de acostumá-la mal e confesso que a deixava por alguns minutos chorando e eu sofrendo. Não sabia se era certo pega-la e ela se acostumar, ta aí mais uma dúvida e como elas rondam a nossa vida como mãe, são tantas as dúvidas.
Então tomei uma decisão recentemente vou jogar tudo pro ar, aceitar que não sou a super-mulher e me dedicar somente à ela que é quem mais precisa da minha atenção, dedicação e amor agora. Estou entendendo que o que ela quer é segurança, afago, aconchego materno, a certeza que eu vou estar lá quando ela precisar de mim, afinal isso é só uma fase e ela vai crescer tão rápido que não quero perder nenhum detalhe desse seu crescimento.
E é isso aí os primeiros dias, como os de todas as mamães de primeira viajem, foram uma loucura, muitas novidades, muitas adversidades, mas apesar de toda essa loucura o que mais vale a pena é olhar no rostinho sereno dela que nos transmite uma paz inigualável e nos faz esquecer de tudo.
Primeiros dias com a dorminhoca



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